Então começo a escrever e as letras vão
juntando-se umas às outras. Não dá para perceber quando acontece... Simplesmente
é assim. E quando me dou conta, já é tarde de mais, e já está tudo misturado,
unido na confusão que é a minha mente, mas no esplendor que é a minha alma.
Não sei se escrevo para você ou para mim, sei
que escrevo. Sei que gosto disso. Há algo nessa confusão de palavras cruzadas,
transadas e sortidas que me leva ao fascínio. Eis que beijo a folha e choro.
Lágrimas de satisfação, de amor. Lágrimas untadas às palavras num alívio de
poder me expressar.
Talvez minha inspiração seja seu belo sorriso
de senhor da graça. Talvez não exista esse negócio de inspiração. É, é isso
mesmo. Inspiração é desculpa de quem não acha o que escrever. O que existe é o
amor. Amor pelo que se faz. E vontade.
Sabe qual a minha vontade agora? Seus lábios,
seus braços, seu pescoço, seu peito, seu sexo, suas mãos... Seu toque. Você.
Minha vontade é sempre você. Meu amor é sempre você e esse seu amor. Minha
vontade é a sua vontade por mim. Ah! Como é maravilhoso te ter comigo, meu
bem...
Não deu para perceber quando aconteceu o meu
amor por você... Simplesmente foi assim. Como escrever. E quando me dou conta,
já enchi a página de palavras do mesmo modo que já te enchi de amor.
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