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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

tarde prolongada

antes ser 
uma realidade constante 
em tardes do cerrado 
que ser 
um sonho único 
em dia de praia

teu fogo me aqueceu, 
olhos de amêndoa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

novo nada

há pouco
dissera-me um louco
que o que me restou do roto
rosto
fora só desgosto.

oloucodomeusonho,
em percepções agora relatadas,
sou eu por estima própria.

sou?

seria um delírio qualquer?


seria eu
um delírio de
minhas sugestivas
dementes
sonolências?

um louco
me disse a pouco
que fugi de mim.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

.carta aberta.

.carta aberta a alguém que parece pesado

tu é moleque!
tu garoteia demais, rapaz!
fica aí escrevendo esses poemas de rapaz fingido de melancolia, como se fosse o próprio Werther versado em palavras de amor por Carlota perdido em pensamentos de "ó mundo por que a efemeridade da passagem humana... mundana...?" e, no mais, tu é só mais um Alberto.
assume a tua responsabilidade de quem racionaliza a porra toda e sente de menos, fica escrevendo teus versos pra mostrar que é gente aí dentro. porque só desse jeito, né? só desse jeito... daqui de onde eu vejo, de onde eu sinto, tu é só mais um Alberto que tá pensando aí o tanto que eu sou patética por sentir demais e chorar e espernear e ser ébria e louca! AH OS LOUCOS! tu que é o louco egoísta que não enxerga um palmo além do teu próprio nariz.
o mundo é bem mais que esse que tu acha que gira ao redor do teu umbigo.
tu tá mandando eu ser egoísta agora, mas tu vai ver que tu é moleque, cara.
tu garoteia demais, rapaz...
a vida dá voltas e a lei do retorno não falha.

não preciso ser orgulhosa e egoísta pra seguir minha vida,
nunca precisei.

.de alguém que está bem mais leve agora

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Meia-noite de terça.

Eu lembro de tanta coisa boba e pequena que você já esqueceu.
Os acenos, os atrasos,
as demoras...
Os abraços apertados.

Lembro de tanto mimo sem motivo que você já não liga mais.
Os sorrisos, os carinhos,
as saudades...
Os arrepios.

Não sei porque que eu
não acreditei
quando me disseram
que amor não era tudo.

Agora eu fico nas memórias,
mas e quando eu esquecer que nem você?

Daí, né? Nada sobra.

Ainda não.

O nome dele soa bem aos ouvidos de quem ama.
O seu sorriso tem jeito de calmaria
constrangida.
O que foi meu mar de águas heroicas,
hoje eu já nem sei.
Ele já nem sabe...
Qual foi o último beijo?
Qual foi o último afago?
Será que a memória incomoda?

Tem dor que, anestesiada
pelo vento, se faz resistente,
                             insistente.

~

O cheiro de homem de peito aberto
aquece-me as narinas;
derrama-me em lágrimas de saudade;
beija-me a ponta do nariz
                  e me sorri
                           as lembranças.

~


Quem deixou
                  a janela
                           da perda
                                     aberta?


Lembra daquele
dia que eu
bati o carro
e nossos carinhos
colidiram?

Me encara no sexo,
me beija na fala,
me sorria no até logo,

mas não fala adeus.
Ainda não.