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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

carbonato de lítio

Talvez esteja na hora de escrever sobre aquilo que me acontece. E eu falo aquilo porque não gosto de trazer o assunto para muito perto de mim... Não é isso, muito menos isto. É aquilo. Aquela sensação-buraco que me esvazia o estômago e não consigo preencher nem com séries de comédia e pipoca amanteigada. Talvez esteja na hora de abrir os olhos para aquela sensação-buraco.

I

Os pensamentos atrapalham bastante, e os sentimentos vêm com tudo num tornado de tormentos tenebrosos. E eu? Eu pareço estar
sozinha. Eu me sinto perdida, assustada, angustiada, acuada, atordoada, adestrada, castrada, covarde...
A sensação-buraco me engole por completo. A sensação-buraco me estremece, me dói os ossos. Eu sinto esse não-sei-que-frio que vem de não-sei-onde, um frio
que congela a nuca e me faz olhar para trás três vezes por minuto. O frio do pânico
de achar que a morte me persegue.

Não que eu tenha medo da morte em si...
Não tenho.
Não...
Eu tenho medo do ato de morrer. Tenho medo do sentimento de estar morrendo. Não sei
se estou preparada para deixar a sensação-buraco
pela sensação-nada.
Eu estive uma vez, mas não obtive sucesso.
E aqui estou. In-tei-ra.
Which means there’s no
“in memoriam”.
Mas os pensamentos estão ali, tentando me encorajar à covardia absoluta que é...
bem, o suicídio.

É que, na maioria das vezes, eu não aguento muito mais. Eu quebro. Eu tropeço
no chão da dor
e caio de cara
nesse nada intermediário,
nesse limbo frio no qual a morte me espreita.

Não existe isso de levantar nessas horas. Eu só deito lá,
abraço as pernas e

espero.

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