Você está assim, meu amor,
porque troquei seus braços pela valsa com a solidão. Não me leve a mal; mas não
é comigo, é com você. Você quem me fez de escrava d’alma alheia e me despenteou
em praça pública berrando-me críticas desconstrutivas de “quem ama”. Suas
palavras, meu bem: de “quem ama”. Deixei de acreditar nesse amor há algum
tempo, sim, porque amor nenhum existe com tanto julgamento incrustado.
Queria te deixar meu sorriso
de pena, mas nem isso eu pude ao ir embora. Um dia, quem sabe, você me perdoa
pelo ato de vandalismo contra seu ego; do mesmo jeito que te perdoei por
flagelar minhas entranhas emocionais (mais uma vez).
Só quero deixar um último
adendo, meu querido... Seu crime foi mais grave, mas eu entendo que te coloquei na cadeira elétrica por um roubo de pão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário