Quero morar no Sul com ele. “Ter dois filhos,
ir ao parque discutir Caetano...” Quero morar no Sul com ele “e morrer de rir.”.
Meus dois pés doem, estou precisando de uma massagem para dormir com um sorriso
aquecido. Sorriso tranquilo de quem está feliz de verdade. Mas não dá pra ser
muito feliz estando tão cansada assim... E estando tão longe assim de tudo.
Tudo mesmo, até de mim. É esse buraco no peito, entende? “Arte, pra mim, é
tudo. Sem arte eu prefiro morrer.”. Talvez eu seja essa mistura louca de Elena (ou
Petra?) e Vinicius que não deu certo.
Quero morar no Sul com ele porque lá eu tenho
calor pra me proteger do frio. Frio que sei que tem aqui mais do que tem lá,
sendo frio interno. Intenso. Dolorido. Estou aqui por um novo “moreno de cabelo
enroladinho” para mim. Precisa nem ser moreno. Nem ter cabelo enroladinho. Pode
ser eu mesma... Quero morar no Sul e saber me esquentar sozinha. E espero que
ele não me abandone mais, porque ele faz falta. Sinto falta dele passeando pelo
meu corpo inteiro e saindo pelas minhas narinas, pela minha boca. Sinto falta
dele dentro de mim.
Quero morar comigo mesma no Sul, mas quero
levar ele comigo. Preso dentro do meu coração pra não ir embora mais. Essa dor
não passa sem ele, entenda. Acho que ele se foi porque acha que vou dá-lo a
outra pessoa novamente, mas não vou. Ele vai ser meu pra sempre, eu prometo...
Prometo para quem quiser ouvir que ele vai ser meu para sempre. E se eu
precisar dá-lo a outra pessoa, crio um novo dele, e continuo com o original só
pra mim. Será que ele consegue acreditar que quero ser minha? Vivo, agora, para
mim. Devia acreditar...
Quero morar no Sul. “Ter dois filhos, ir ao
parque discutir Caetano... E morrer de rir.”. Pode ser sozinha, ou mesmo com o “moreno
de cabelo enroladinho”. Gosto dele também, mas gosto mais do meu amor que quero
carregar no peito e nunca mais dar pra ninguém. Olha, eu prometi. Mesmo sendo
Vinicius, isso de amor meu (e só meu) eu vou cumprir. Ainda estou confusa...
Minha dor é muita ainda. É que ele não voltou. Ele não voltou e eu não moro no
Sul. E não vivo direito ainda. Meio morta, meio viva. Não sou zumbi porque não
existe.
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