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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Meu sete vermelho.



Não quero escrever com palavras rebuscadas, e nem com sentimentos inventados. Quero escrever para você ler, só você. Eu te amo, sabia? Eu sempre te amei e parece que isso não mudará nunca. Você foi um erro, um erro horrível. O que cresceu em mim por você foi mais do que só o sentimento de carinho e proteção, mais que o puro amor. O que cresceu em mim por você dói tanto que parece rasgar, e ao mesmo tempo acolhe tanto que pareço estar em nuvens. E já te abracei tantas vezes, você não tem nem ideia! É engraçado, porque... Eu apenas sinto. Seu sorriso sempre será o mais bonito do mundo. Haha... Eu acho graça disso, de verdade. Porque, nossa, você me faz bem! Você me faz tão bem que... Que poxa, eu não sabia que conseguia estar feliz assim de novo.

Sabe, quando você me deixou da primeira vez lembrei-me do meu pesadelo. Eu sozinha e você de costas... De costas dizendo que não me amava e nunca me amou. Era tudo mentira? Não parecia mentira! Você lembra? Lembra que disse que era tudo mentira? Pois disse, falou com essas palavras e outras mais. Mas eu... Eu não ligo mais, eu acho. Você voltou depois daquilo. E depois foi embora de novo. Os intervalos de separação eram curtos, he... Bem curtos na verdade. Algo como uma semana ou duas. E então voltávamos, estávamos juntos de novo. E eu estava feliz de novo.

Acho que foi a quarta vez... Sim, acho que sim. A quarta que você foi embora, foi estranho... Simplesmente estranho. Porque eu esperei uma semana. Então esperei duas... Na terceira comecei a desconfiar e na quarta... Na quarta semana aquilo já parecia não fazer sentido nenhum. Em agosto soube que estava com outra. Eu já sabia, na verdade. Só não sabia que estava namorando... Aquela garota... Então em agosto eu caí. E levantei de novo, porque minha vida não pode ser você, nunca pôde ser. Estive com outros e, não sei, não é a mesma coisa. Não que eu realmente saiba, não é? De qualquer forma, eu comecei a viver o que não fazia tanto sentido, mas eu precisava fingir que sim porque... Porque bem, você me ensinou a ser forte e eu não podia deixar de sê-lo.

E então veio setembro. Setembro passou e não houve aquela volta que esperei por dois meses. E então outubro. Outubro é um mês esquisito também. Outubro não me trouxe nada. Chegou novembro e logo na segunda semana – segunda semana, é isso mesmo? – bem, na segunda semana, numa segunda-feira, foi seu aniversário. Eu liguei. Eu estava nervosa. Fazia tempo que não falava de verdade contigo e da última vez que tentei, você não estava interessado de maneira alguma. Na quarta você apareceu do nada, como sempre faz, aliás. Imprevisível, não é? Eu tinha esquecido dessa sua característica. Na verdade, eu tinha fugido... De todas as suas características.

Pediu-me desculpas e eu desculpei. Tornamo-nos amigos e não mais que isso. Caramba! Como você consegue? Sentir coisas tão incômodas! Você é tão confuso, confunde-me por ser assim. Eu não sei mais... Não faço ideia do que passar pra você, do que você quer ouvir ou do que você quer de mim. Porque você mesmo não sabe. Meu querido Sid, meu querido Engel, my sweet prince. Olha, não queria dizer nada, não assim, mas... Você é doido, sabia? Você vive a vida de um jeito maluco e descompassado, e nunca tem certeza de nada. Aliás, tem... Tem muita certeza. Só que muda essa certeza toda hora. Muda seus planos toda hora. Você é todo errado, hahaha. Você é meu errado, meu vermelho. Eu sempre soube que era. E seus erros, sua loucura, sua inconstância. Tudo isso me encanta demais! Não sei se te amo porque aprendi a lidar contigo, ou se aprendi a lidar contigo porque te amo. Acho que sempre soube lidar com você. Acho que gosto de tentar montar esse quebra-cabeças que é seu emocional e seu psicológico. E gosto de perder algumas peças no meio da brincadeira. Engraçado que você sempre aparece e embaralha tudo de novo...

Gosto de você embaralhando tudo, errando em tudo e bagunçando tudo. Você já fodeu tanta coisa em mim... Me dá agonia. Acho que sou meio neurótica por sua culpa. Mas é capaz que não, sempre fui meio doida, você bem sabe. Fiz tanta merda por você... Sei lá. Eu te amo, né? O que vem pela frente é outra história. E isso é só pra você. E o sétimo e último parágrafo é só seu. Sete é seu número, não é? 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Faca, vaca, treco.


Observação  inicial: Leia esse texto antes.

É esse olhar vazio que me tortura diariamente, esse descaso para com o que temos. Queria quebrar meu copo em sua cabeça estúpida lotada de questionamentos inseguros. Conheço bem o dono das ideias temperamentais, querendo ser mais e vindo a ser menos. Sorri quase em desespero, encarando aquele monte de merda humano. Traste! Como ousava? Como ousava encarar-me lascivamente com aqueles olhos negros de desdém? Seus lábios rachados e mordidos doíam-me de ver, doíam-me de sentir. Aquela falta de sorrisos e exagero de pensamentos indecifráveis, mas imagináveis, faziam-me mal. Ele, como parceiro, é ninguém. Por que fui meter-me a querer alguém tão constante? A essa constância chamo de loucura, pois o humano é feito de erros, e esse meu parceiro, esse meu ele, já passou a cometer erros como sua própria constância. Loucura paradoxal costuma ser a pior delas.

O dia em que nos conhecemos, lembro-me bem, não poderia ser pior. Pareceu algo de minha cabeça, algo terrível de minha mente relaxada e indistinta. Sol queimando e de repente uma chuva intensa, ele de costas... O dia foi dos piores, simplesmente dos piores. E agora estava ali, de frente, no seco calado do nosso apartamento frio. A luz fraca obtida pela luminária da sala sempre foi a preferência, minha e dele. Mas ele deixou de importar há meses... E prefiro ver-me como única ali, solitária, já que a diferença entre a minha solidão e a presença dele é quase inexistente. Mas ainda aqueles lábios rachados. O desenho perfeito de seus lábios duros, inflexíveis, não me passam nada, não me passam o sentimento de segurança nem mesmo o desejo absurdo de beijá-los... O desejo absurdo de beijá-los... De tê-los... Não me passam nada! Porque tais lábios duros e inflexíveis contraem-se e repelem-me.

Vejo seus movimentos inconvictos e seus passos em falso, faz-me rir, faz-me bocejar, faz-me lembrar. Lembrar de como aqueles dias de atuação sexual entre nossos corpos eram fracos, poucos... Bons... Os dias parecem estar contados e eles se contam sozinhos. O fim daquilo seria meu começo, e o fim dele seria o passo inicial. Mas a dor de desfazer meu trabalho, a dor de vê-lo reconstruindo-se, essa dor é insuportável. Ele não merece um novo início! Ele não merece nada.

Eu odeio o modo como ele me observa, como se eu fosse uma presa. Ou como se eu fosse atacá-lo a qualquer momento. Como se eu pudesse esmagá-lo como se esmaga uma barata indesejada no carpete sujo da sala de estar. De fato, queria poder fazê-lo. Eu pedi um tempo a mim mesma e não soube me concedê-lo, agora estava perdida com aquela barata... Os que viam de fora, viam o casal perfeito. O casal sorridente e estupidamente feliz que anima a festa e cuida um do outro. Queria poder enxergar como os de fora enxergam, mas devo contentar-me com o fingir. E esse fingimento abastado, acho eu, engana a ele, como engana os outros. Tanto engana-o, que ele quer meu fim como quero o dele. Isso tudo é insano, não? Por quê, afinal? Por que odeio tanto sua pele quente junto a minha e seus olhos vazios observando-me no banho? Ou observando-me em qualquer lugar? Sentado naquela poltrona, olha-me como se bolasse um plano... Encara-me como se sentisse uma faca em meu pescoço.

Vivo com o inimigo, mas o tenho em minhas mãos. O controle é difícil, sinto-o quase escapando em diversas situações, de diversas maneiras. Meu suco já não tem gosto, esse suco que cheira a dor. Aquele ar pesado parecia quase sólido, e eu o respirava junto ao cheiro de dor que a falta de gosto trazia. Olhos negros encaram-me e meus lábios já estão sobre os seus, em um selo de desconfiança e asco. Era o momento... O momento crucial. Algo aconteceria e eu sentia tudo voltando, todo o ódio, toda a dor, toda a decepção de tê-lo e não querê-lo. Minhas mãos apertaram o copo de vidro, suadas e apavoradas... Era agora, eu só tinha que perguntá-lo, só tinha que acabar logo com aquilo.

- Quer também? – ...o fracasso me dói. 

domingo, 13 de novembro de 2011

br ancomeu


(A meu professor de inglês, Igor, que mostrou-me novas formas de se escrever um poema.)

 espero oa           inda
esper oa vind           a
vida ato a
espero        ad or
do r s
    ua
                    cr
ua
dar      ua nua
dee spanto sa    grado
es                        pa
ço 
                           em
br
         an
                  co