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sábado, 4 de junho de 2011

Verdades não ditas

- Oi, meu amor, tudo bem? - Sua voz encanta, mas estraçalha.

Dor infinita da alma, terror do que não se vê, saudade do que nunca teve. Se eu morrer de corpo, tê-lo comido por vermes, talvez minha vontade o fizesse notar-me em espírito ao seu lado. Dor infinita no peito, terror do que se sente, saudade do seu carinho.

Se a complexidade que envolve a troca indireta de energias tanto boas quanto ruins, já foi analisada e vencida por nós, não entendo como ainda há tantos desafios bem menores que apresentam impossibilidade de resolução.

Já não consigo chorar, meu amor. As lágrimas se perderam na boca do estômago. Mas não se engane, vez ou outra sobem à garganta e ficam presas como um nó. Infelizmente elas voltam ao local anterior para novamente se perderem. É um ciclo, meu amor, um ciclo que dói como a falta de ar, e desespera. 

A falta de ar sentimental não mata, corrói. É pior, não é, meu bem? É tão pior... Ter sua alma corroída, torturada, mal-tratada e não poder libertá-la. Cuida de mim, querido! Cuida de mim que já não o consigo fazer sozinha, e não quero que o sofrer seja a única opção. Não quero mais esse gosto de sangue na língua. Cuida de mim! Cuida, por favor, meu amor! Estou em brasas, meu bem, meu espírito deitado em brasas...

- Tudo bem...
- O que houve?
- Nada, nada. - brasas, brasas.

Se as dores minhas
Forem dores tuas
Nossa maçã será comida inteira
Como fui comida por ti

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