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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Insanidade Escolhida




Quantas vezes comecei a escrever isso? Quantas vezes simplesmente apaguei tudo e desisti? Nem parei para contar, não quis me dar ao trabalho... Na realidade, já nem sei o porquê de estar escrevendo, deve ser por isso que sempre apago tudo. Não importa, não importa. Creio ver uma necessidade muito grande na escrita, por mais banal e sem sentido que fique o texto.


Quero mostrar todas as minhas faces, se é que eu tenho alguma. Tenho vontade de criar poemas, sem rimas porque rimas prendem, e sem temas porque temas limitam. Meus desejos de escrever roteiros para curtas, como aquele do velho mendigo que vendia sonhos, estão cada vez mais transparentes. O problema é ficar na vontade, tentar escrever e não sair nada... 

A depressão vem e vai, vem e vai... Ela é tão martirizada pela minha inconsciência, que já nem sei se é exagero ou não. Interessante o tanto que as pessoas valorizam a insanidade, algumas chegam até a fingí-la para chamar a atenção. Mas acho que além dessa, as outras causas de minha depressão inconstante são muito inconclusivas e principalmente discutíveis. Por que falar disso? 

Li uma vez em um poema de Viviane Mosé que a vida anda passando a mão em mim. A vida anda passando a mão em tudo, mas ainda mais em mim. Ela está certa, a Viviane Mosé... O tempo anda me comendo, me mordendo, me consumindo. Na realidade, o tempo não faz mais que a obrigação ao me comer. Se quer interpretar como sexo, pode interpretar como sexo, isso desgasta. O tempo me desgasta. Por enquanto ele ainda não me olha nos olhos. Não tenho coragem de olhá-lo nos olhos também. Então nossa relação é assim, fria e distante, cansativa, dolorosa. 

Falando em relacionamentos cansativos... Para quê casar? Namore, no máximo vá morar com a pessoa, mas não entre na burocracia de casar. Eu quero me casar. Quero usar um vestido bonito, andar pela praia e ver a pessoa que escolhi para mim ali, me esperando. Mas tenho pouca idade ainda... Pouquíssima idade. Por que pensar nisso agora? Simplesmente penso, não tenho culpa. Ou talvez tenha. Isso de "não tenho culpa" é um vício mentiroso, sempre se tem culpa... Então tenho sim, tenho culpa, tenho culpa porque penso, penso porque sou humana. Tenho culpa de ser humana? Tenho culpa de ser humana. 

Filosofar me irrita, é verdade... Não sei porque ainda o faço. Aliás, eu não sei se devo. Poetas enlouquecem com facilidade por causa disso. Mas acho que poetas fingem, assim como diz Fernando Pessoa. Então a insanidade dos poetas é encenação? Eu, poetisa, enceno? Eu finjo? Finjo sim. Eu finjo a insanidade. Isso é deprimente, completamente deprimente...

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