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domingo, 22 de agosto de 2010

Psicologia solitária I

Eu estou aqui, diante de você, tentando expressar tudo o que me vem à cabeça. Mas as palavras chegam soltas, sem qualquer sentido, e é por isso que fico tanto tempo em silêncio, tentando reconciliá-las em uma só frase, ou pelo menos expressão. Parece que me conhece mais do que eu mesma com essa sua face esclarecida. Eu não gosto disso, nem um pouco na verdade. Ninguém deveria me entender, a não ser eu mesma... Ah! Então é isso? Não? Por que fica aí acenando com a cabeça? Presta atenção no que digo, por favor. Obrigada. E agora? Que foi? O que você está escrevendo aí nesse seu caderninho? Se for comportamento agressivo eu até entendo... Não que eu seja agressiva, mas aparento muito. Na verdade, talvez eu seja sim. Bem, socar as pessoas não é algo normal, é? É? Ah, então não sou agressiva. Ah! Você estava concordando só por concordar?

Silêncio... Pode comentar. Não? É para eu falar mais? Ahn, okay. Eu estou tentando me encontrar, pois é. Só que parece cada vez mais difícil. Eu não sei quais minhas características marcantes, e diferenciá-las das insignificantes é uma tarefa muito árdua para mim. Posso ser sincera? Eu não acredito muito na sua profissão. Digo, se nem eu mesma consigo dizer quem sou eu, como você que só me conhece do que falo – e olha que posso estar mentindo – poderá dizer? Está aqui só para ajudar... Entendo. Tenho amigos que dariam ótimos psicólogos. Mas acho que todo mundo tem amigos assim, não é? 

Todo mundo. É como eu me sinto às vezes, como todo mundo. Eu quero ser diferente, quero ter algo só meu, mas nunca acontece... Ou pelo menos parece que nunca acontece. E aí eu fico meio deprimida, para baixo, pensando que se eu fizer algo extremamente doentio, alguém vai fazer também, porque eu na verdade não sou única. Não diga que sou, é mentira. Já disse para não dizer! Ninguém é de fato único, pelo menos uma característica da pessoa é copiada por outra. É, você está certo... O conjunto das características sempre se difere. Ainda assim acho que não faço nada de especial.

Que expressão é essa? Essa no seu rosto. Não é mais de esclarecimento... Parece de assombro. Espantou-se com o que penso de fato, foi? Muitas pessoas o fazem, mas eu não esperava isso de você. Eu sei que... Não, eu entendo que é complexo. Saber eu não sei de fato. Eu não sei de nada. Platão, não é? Só sei que nada sei. Mas no fim, só estou aqui divagando. Você deve apenas fazer parte da minha mente. Não, você não é real. Não é. Não. Olhe para mim. Você é só meu reflexo no espelho, não percebe? Vou-me agora. Até a próxima troca de roupas. 

2 comentários:

  1. Comentários aqui são desncessários, isso é coisa de criança, infantilidade de alguém que ainda não sabe ouvir a vida gritar em pleno pulmões dentro do seu ouvido fazendo quase-o estourar, mas mesmo assim nega que o mesmo e continua a falar coisas sem sentido! Na minha opnião isso é gente que quer chamar atenção, divulgar seus problemas ou qualquer merda assim pra um bando de gente ler ou ouvir é de fato algo bem chamativo, mas onde muitos vão falar: "Hey! Você ai, se você tem probleminhas procura um espcialista, sábia que psicologos cuidam disso? Então pegue seu "probleminha" que você mesmo criou dentro de você criança e vai se tratar" Bem, cada um com sua ironia. (:

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    1. Creio que é bem mais fácil comentar bobagens em anônimo, né? Ou vai dar a desculpa de que não tem um perfil? Isso é um blog. O autor escreve o que bem desejar para quem se identificar, ler! Simplesmente isso. Eu achei belo; um diálogo consigo mesmo pode clarear os problemas de uma pessoa que sabe se dar valor. Não gosta? Não leia!

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